Eu tenho os dias contados
Pra sair deste estado
E a minha covardia
Não adia o resultado
Há trovões em meu quarto
Que atravessam meu sono
E como produto do acaso
Eu sinto o fogo
Eu tenho remédio aviado
Que combate o meu jogo
No entanto, é o motivo
Que me faz enlouquecer
Eu tenho os dias marcados
Pra escapar deste estado
E me refugiar
Na minha covardia
E os trovões do meu quarto
Me mantendo acordado
São os filhos da culpa
Que carregam o machado
Há olhos lá fora
Perfurando a janela
Quem sabe a metáfora
De que agora ela volta
Só que não há mais tempo
Pra manter a cautela
E vai chegando o momento
É o fim da história